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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Deuses Celtas

Agnus Mac Og ("Jovem Filho") - Deus irlandês da juventude, do Amor e da beleza. Possui uma harpa dourada que produz música de irresistível doçura. Seus beijos transformam-se em pássaros, que transportam mensagens de Amor. Tem um brugh (palácio de fadas) nas margens do Boyne.

Anu ou Dana - Florescente Deusa irlandesa da fertilidade, da prosperidade, da abundância e do conforto; guardiã do gado e da Saúde. É o aspecto virginal da Deusa Tríplice (junto com Badb e Macha). É a Grande Deusa. É costume acender-lhes fogueiras no meio do verão.

Arawn - Deus irlandês da vingança, do terror e da guerra. Arawn é o deus do mundo subterrâneo dos mortos.

Arianrhod ("Roda de Prata") - Aspecto maternal gaulês da Deusa Tríplice, honrada na Lua Cheia. Senhora da beleza, da fertilidade e do renascimento. É a Grande Mãe Frutuosa, a guardiã da Roda de Prata das Estrelas, símbolo do tempo e do eterno ciclo.

Badb ("Fervente", "Corvo de Batalha", "Gralha Escaldada") - Aspecto maternal irlandês da Deusa Tríplice, aquela cujo caldeirão produz vida incessantemente. É a deusa da sabedoria, da vida, da inspiração e da iluminação.

Banba - Deusa irlandesa de proteção.

Bel, Belenus, Gelimawr ("Brilhante") - Grande Deus irlandês; deus do sol; senhor da ciência, da cura, das fontes quentes, do fogo, do sucesso, da prosperidade, da purificação, da colheita, da vegetação, da fertilidade e do gado.

Blodeuwedd ou Blodwin ("Cara de Flor" ou "Flor Branca") - Deusa gaulesa das flores, da sabedoria, dos mistérios lunares e das iniciações. Seu símbolo é a coruja. Também conhecida como "Deusa dos Nove Aspectos".

Boann ou Boyne - Deusa irlandesa do rio Boyne; mãe de Angus mac Og (juntamente com Dagda).

Bran ou Benedigeidfran - Deus gaulês da profecia, das artes, dos chefes, da guerra, do Sol, da música e da escrita.

Branwen - Deusa gaulesa do Amor e da beleza. Uma "versão" celta da Afrodite grega.

Brigit ou Brig, Brighid ou simplesmente Blid ("Poder", "Renomes", "Feroz Flecha de Poder") - Freqüentemente chamada de Deusa Tríplice ou As Três Damas Abençoadas. Deusa irlandesa do fogo, fertilidade, lareira, Todas as artes e ofícios femininos, da cura, dos médicos, a agricultura, da inspiração, da aprendizagem, da poesia, da adivinhação, da profecia, da arte da forja, da criação do gado, do Amor, da feitiçaria e do saber oculto. Suas sacerdotisas eram prostitutas sagradas e cuidavam do fogo sagrado, permanentemente aceso em Kildare. Associada ao Sabá Imbolc, é, também, o outro aspecto da deusa Danu.

Cernunnos, Cernenus ou Herne The Hunter ("O Cornudo", "O Caçador") - É o Deus Cornudo, deus da natureza, do mundo subterrâneo e do plano astral. O Grande Pai celta. Os druidas o conheciam sob o nome de Hu Gadarn, o Deus Cornudo da Fertilidade. É representado nu, sentado na posição de lótus, com cornos ou armações de veado na cabeça, cabelos compridos encaracolados, barba e usando um torque no pescoço. Seus símbolos são o veado, o carneiro, o Touro e a serpente cornuda. É o senhor da virilidade, fertilidade, animais, Amor físico, natureza, bosques, renascimento, encruzilhadas, riqueza, comércio e guerreiros. É o princípio masculino do universo. Senhor do Inverno, da colheita, da terra dos mortos, dos animais, das montanhas, da luxúria, dos poderes da destruição.

Cerridwen, Caridwen ou Ceridwen - Deusa da Lua, a Grande Mãe, senhora dos grãos e da natureza toda, bem como da morte, da fertilidade, da regeneração, da cura, do Amor, das águas, da inspiração, da magia, da astrologia, das ervas, da ciência, da poesia, dos encantamentos e do conhecimento. Seu símbolo é uma porca branca, a comedora de cadáveres (representação da Lua). É o princípio feminino do universo.

Creiddyland ou Creudyland - Deusa gaulesa do Amor e das flores estivais. Está ligada ao sabá Beltane, quando é chamada de Rainha de Maio.

Dagda ("Bom Deus") - é o Grande Deus, Senhor dos Céus e pai de todos os deuses e dos homens. Senhor da vida e da morte; deus da magia, da terra, do renascimento; mestre de todos os ofícios; senhor do conhecimento perfeito. Possui um caldeirão chamado O-que-não-seca, que fornece quantidades ilimitadas de alimento. Deus da proteção, dos guerreiros, do conhecimento, da magia, do fogo, da profecia, do tempo climático, do renascimento, das artes, da iniciação, do sol, das curas, da regeneração, da prosperidade, da abundância, da música e patrono dos sacerdotes.

Gwydion - Deus gaulês das mudanças, da magia, das curas e da ilusão. Seu símbolo é um cavalo branco.

Lugh ("O Brilhante") - Deus da magia, do renascimento, do relâmpago, da água, das artes e ofícios, das viagens, dos ferreiros, dos poetas e músicos, dos historiadores, dos feiticeiros, das curas, da vingança, da iniciação e da guerra. Sua festa é o sabá Lammas ou Lughnassadh, um festival das colheitas. Tem uma espada e uma funda mágicas e está associado aos corvos (na Irlanda) e ao veado branco (em Gales).

Macha ("Corvo", "Batalha") - É a Grande Rainha dos Fantasmas, a Mãe da vida e da morte, um dos aspectos da Deusa Tríplice Morrigu. Deusa da paz e da guerra, da astúcia, da força física pura, da sexualidade, da Fertilidade e do domínio sobre os machos.

Morrigu ou Morrigan ("Grande Rainha") - Deusa suprema da guerra e Rainha dos espíritos e das fadas; Senhora do Espectro. É o aspecto Anciã da Deusa. Deusa dos rios, lagos e água fresca, da magia e da profecia; no seu aspecto escuro, é a deusa da guerra, do destino e da morte. Está associada a corvos e gralhas.

Nuada ("Mão de Prata") - Deus das curas, da água, dos oceanos, da pesca, do Sol, da navegação, dos nascimentos, dos cães, da juventude, da beleza, das lanças e fundas, dos ferreiros, dos carpinteiros, dos harpistas e poetas, dos narradores de histórias, das feiticeiras, da escrita, da magia, da guerra e dos encantamentos. É aquele que concede a Saúde. Possui uma espada invencível - um dos quatro tesouros dos Tuatha.

Ogma ("Cara de Sol") - Deus da eloqüência, dos poetas, dos escritores, da força física, da inspiração, a linguagem, literatura, magia, feitiços, artes, música e renascimento. Transportava uma enorme maça e era o campeão dos Tuatha. Inventou o alfabeto escrito ogham.

Rhiannon - Deusa gaulesa das aves e dos cavalos, dos encantamentos, da fertilidade e do submundo. Monta um veloz cavalo branco.

Scota ou Scath ("A Sombria") - Deusa do submundo; da escuridão, da sombra e a obscuridade, é aquela que combate o medo. Senhora das curas, da magia, da profecia, das artes marciais e Patrona dos ferreiros.

A Deusa e o Deus


O Divino Feminino

A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.

Mas afinal, quem é essa Deusa? Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminimo, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituida na Trindade pelo conceito de Espírito Santo. Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.

Não somos feministas nem queremos partir para discursos feministas, mas tão somente constatar que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.

Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior. A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora, muito diferente da crença em um deus Onipotente e distante, que vive nos céus. A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida... Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são da mesma moeda, as duas faces do Todo. A Deusa é a criadora primordial, o Deus o primeiro criado, e sua dança conjunta e eterna, em espiral, representa a eterna dança da vida.

A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações. Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.

Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e autosuficiente. Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.

Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar... Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio.

É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo. Submeter-se à sua autoridade.

Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).


A Deusa e o Deus

"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."

Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...


O Deus Cornífero

O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da Deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulharmos na Deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.

Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas vaira muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria Deusa nos mostra seu Filho, Consorte, Defensor, Ancião. O Deus aparece, tríplice como a Deusa.

O Deus Jovem é, antes de tudo, a Criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o Garoto do Pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.

Daí surge o Deus Azul do Amor, o rapaz que cresceu e chegou na adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o Jovem Deus da Primavera, percorre as Florestas e acorda a natureza. Ele é o Apaixonado, aquele que primeiro busca a Deusa como a Donzela e propicia o encontro... Ele é o Deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da Senhora ainda... ele é toda possibilidade.

Depois ele é o Galhudo e o Green Man... O Deus é o macho na sua plenitude, O Senhor dos Chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o Grande Amante, atraído irresistivelmente pela Senhora ele é o Provedor, o Sustentador, o Senhor Defensor. Ele é o Senhor das Coisas Selvagens, o Deus da Dança da Vida, O Falo Ereto, O Fertilizador. Como Green Man ele também é o Senhor da Terra e sua abundância, o parceiro da Senhora dos Grãos. O Senhor dos Brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.

Mas o Deus é também O Trapaceiro, o Senhor da Embriaguez, o Desafiador e o Ancião da Justiça. Ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de Pan... ele nos deixa loucos como Dionisio, ou perdidos nos devaneios de Netuno... ele é o Desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza...

Como a Deusa, Ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... A Deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, Ele só existe por amor a Ela... alias, todos nós somos fruto dessa dança de amor. O Deus é o Ancião sábio, o distribuidor da Justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... Ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são Dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é Dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é Ela.

E o velho sábio vai murchando e se transforma no Senhor da Morte... ele que é o Senhor de Dois Mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. Mistério e segredo, morte e retorno, Ele é o que atravessa os portais dos quais Ela é a Senhora. Ele, o Caçador, que também faz o papel de Ceifador... Ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. O Senhor dos esqueletos.

Ele que na dança da morte retoma o brilho do sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez...
 

Animal totem

O termo Totem não se refere particularmente a um Espírito Animal, mas antes a um Espírito Ancestral associado a uma linhagem familiar, tribo, grupo, empresa, etc. Eles não estão presos a formas e podem aparecer como uma pedra ou uma planta, ou como uma força, como vento ou trovão, mas são as formas animais as mais comuns. Essa forma de manifestação é tão antiga que podemos observar até hoje o quão forte é essa influência. Apesar de não ter o mesmo significado ou intento, indústrias, times de futebol, equipes, festas, carros, empresas, continuam a usar Totens como símbolos, como escudos, assim como os povos antigos, pintando em suas roupas, recriando suas imagens, usando suas peles ou mimetizando seus passos em danças e uma série de outras formas.

Os Animais e suas Qualidades místicas:

Águia - Iluminação, a visão interior, invocada para poderes xamânicos, coragem, elevação do espírito a grandes alturas.

Aranha - Criatividade, a teia da vida, manifestação da magia de tecer nossos sonhos.

Abelha - Comunicação, trabalho árduo com harmonia, néctar da vida, organização.

Baleia - Registros da Mãe Terra, sons que equilibram o corpo emocional, origens.

Beija-flor - Mensageiro da cura, amor romântico, claridade, graça, sorte, suavidade.

Borboleta - Auto-transformação, clareza mental, novas etapas, liberdade.

Búfalo - Sabedoria ancestral, esperança, espiritualidade, preces, paz, tolerância.

Castor - Novos canais de pensamentos, construção, segurança, conforto, paciência.

Cisne - Graça, fidelidade, ritmo do Universos, ver o futuro, poderes intuitivos, fé.

Coelho - Fertilidade, medo, abundância, crescimento, agilidade, prosperidade.

Coruja - Habilidades ocultas, ver na escuridão, a vigília, a sombra, sabedoria antiga.

Corvo - Guardião da magia, mistério, predições, mensageiro, dualidade, assistência.

Cavalo - Poder interior, liberdade de espírito, viagem xamânica, força, clarividência.

Cachorro - Lealdade, habilidade para amar incondicionalmente, estar a serviço.

Cobra - Transmutação, cura, regeneração, sabedoria, psiquismo, sensualidade.

Elefante - Longevidade, inteligência, memória ancestral, ancestrais enterrados.

Esquilo - Divertimento, planos futuros, reunião, observar o óbvio.

Falcão - Precisão, mensageiro, olhar a volta, abertura a distância, oportunidades.

Gaivota - Voar através da vida com calma e esforço para alcançar objetivos.

Gambá - Campo de proteção, reputação, repelir quem não o respeita, respeito.

Gato - mistérios, poderes mágicos, sensualidade, independência, visões místicas, limpeza.

Galo - Sexualidade, fertilidade, oferendas, cerimônias, altivez.

Girafa - Calma, inspiração para se atingir grandes alturas, suavidade, doçura.

Golfinho - Pureza, iluminação do ser, sabedoria, paz, amor, harmonia, comunicação.

Gorila - Sabedoria, inteligência, adaptabilidade, guardião da terra, habilidade.

Hipopótamo - Desenvolvimento psíquico, intuição, ligação água-terra, aterramento.

Jacaré - Instinto de sobrevivência, o inconsciente profundo, o caos que precede a criação.

Jaguar - A busca em águas da consciência, mensageiro, interação mente e alma.

Javali - Comunicação entre pares, expressividade, inteligência.

Lagarto - Otimismo, adaptabilidade, regeneração, sonhos, renovação, transformação.

Leão - Poder, força, majestade, prosperidade, nobreza, coragem, saúde, liderança, segurança, auto-confiança.

Leopardo - Conhecimento do subconsciente, compreender aspectos sombrios, rapidez.

Lince - Segredos, conhecimento oculto, tradição, ouvir para o crescimento.

Libélula - Ilusão, ventos da mudança, comunicação com o mundo elemental.

Lobo - Amor, relacionamentos saldáveis, fidelidade, generosidade, ensinamento.

Macaco - Inteligência, bom humor, alegria, agilidade, perícia, irreverência, amizade.

Pantera - Mistério, sensualidade, sexualidade, beleza, sedução, força, flexibilidade.

Puma - Força, mistério, silêncio, sobrevivência, velocidade, graça, liderança, coragem.

Raposa - Habilidade, esperteza, camuflagem, observação, integração, astúcia.

Sapo - Evolução, limpeza, transformação, mistérios, humor, ligado a chuva.

Tartaruga - Estabilidade, organização, longevidade, paciência, resistência, proteção, experiência, sabedoria, Mãe-Terra.

Tigre - Aproximação lenta, preparação cuidadosa, aproveitar oportunidades.

Touro - fertilidade, sexualidade, poder, liderança, proteção, potencia.

Urso - Introspecção, intuição, cura, consciência, ensinamentos, curiosidade.

Oração do Passáro Feio

Oração do Passáro Feio
Essa poderosa oração esta contida no meu livro de São Ccipriano, olha que ela funciona mesmo eu, a usei para afastar um idiota que estava dando encima da minha namorada.
Eu vou utilizar com toda minha fé par afastar MCGO do HGSM
Oração do pássaro feio
''Todos já ouviram falar do pássaro feio, tão feio e tão medonho que voa de dia e de noite,e enche de medo o coração da gente . Eu porem não venho aqui para tremer de medo,e antes,dou a minha palavra de honra de que em breve espero torcer o pescoço dessa danada passarinha feia que se chama(MCGO) Pássaro feio,tu chafurdas e fuças e roubas,este lugar não pode ser para nós ambos,um de nós tem de desaparecer daqui.Vai-te para o meio daqueles que são iguais a ti.Lucifer te acompanhe.'' MCGO escurrasada do HGSM .
Passaro feio me dê um sinal.

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OBS: Esta oração não é wicca ela foi tirado de livro de São Cipriano.!!! Ajuda muito.

domingo, 4 de setembro de 2011

Furmigação Para Provocar Chuvas e Relâmpagos

 O fígado do camaleão, queimado no topo de uma casa, provocará chuvas e relâmpagos. O mesmo efeito é provocado com a cabeça e o pescoço, queimados com madeira de carvalho.

Fumigação para proteger e guardar um tesouro

        Ingredientes: * coentro; * açafrão; * meimendro; * aipo-silvestre; * papoula-negra; * suco de cicuta. MODO DE FAZER: Quando da conjunção da Lua com o Sol, esconda ouro, prata ou quaisquer outras preciosidades, perfumando o local com uma fumigação feita com uma parte de cada ingrediente, temperados com suco de cicuta. Assim sendo, o que estiver escondido nunca mais poderá ser retirado de lá, pois tal espírito o protegerá e o guardará ininterruptamente. E se alguém tentar retirá-lo à força, será ferido ou acometido por espasmos.

Para Ficar Atraente

Leve ao fogo um caldeirão contendo um litro de água mineral. Pegue sete rosas amarelas (de preferência colhidas por você mesmo) e vá jogando as pétalas dessas flores suavemente dentro do caldeirão, enquanto pede para as deusas da terra lhe trazerem amor, prosperidade, abundância, etc. Em seguida, adicione sete tirinhas de papel com o seu nome escrito a lápis. Assim que entrar em ebulição, retire do fogo, coe num recipiente qualquer e adoce tudo com um punhado generoso de açúcar. Despeje essa poção do pescoço para baixo depois do seu banho habitual.

sábado, 3 de setembro de 2011

Tradições


As poucas regras existentes na Wicca têm um caráter essencialmente funcional e são vistas não como mandamentos de qualquer divindade ou profeta iluminado, mas como simples normas de relacionamento entre pessoas que partilham interesses comuns. São apenas alguns princípios genéricos ligados a valores ecológicos e individuais de largo consenso e à liberdade de expressão da religiosidade como é sentida e recriada por cada um. O seu espírito está bem patente na regra básica "Faz o que quiseres desde que não faças mal", a única regra que todos os membros da Wicca procuram seguir.

Na Wicca, chama-se de Tradições as diversas denominações dadas às varições de culto, crença ou prática.

Tradição Gardneriana
A Wicca Gardneriana é uma Tradição/Religião de Mistérios que é voltada para o desenvolvimento interior de cada um. É um caminho sacerdotal e iniciático. É uma Tradição que não aceita ou reconhece auto-iniciações.
Essa Tradição é passada oralmente, incluindo suas leis, procedimentos e fundamentos, culminando em ritos. Dizem servir aos Deuses por meio das antigas práticas, sendo guiados por ancestrais. Dizem ter um caminho religioso calcado na honra à Deusa e seu Divino Consorte, o Deus, exercendo o Sacerdócio dos Antigos de acordo com a tradição de ancestralidade de seu Clã.

Tradição Alexandrina
Tradição Alexandrina é uma tradição wiccana fundada por Alex Sanders com sua esposa Maxine Snaders que surgiu nas proximidades da Inglaterra em 1960. É bastante parecido com a tradição Gardneriana. Os rituais são, geralmente, formais..

Tradição Diânica do Brasil
A Tradição Diânica do Brasil (TDB), é uma Tradição Wicanniana fundada no Esbat de janeiro de 2002, tendo raízes no dianismo norte-americano, adequando-a a formas desenvolvidas no Brasil. Nessa Tradição é dada primazia à Deusa, vista como a Criadora de Tudo e imanente à Sua criação. A Deidade é entendida com sendo tudo, espírito e matéria não sendo separados, mas complementares e sagrados da mesma maneira.
O Deus de Chifres é invocado e celebrado em todos os rituais da TDB, onde tem lugar de honra ao lado da Deusa como Seu Filho amado e Consorte, o Condutor da Dança Espiral do Êxtase. As Sacerdotisas são líderes naturais dos grupos dessa Tradição tendo como co-líderes os Sacerdotes, se assim a Sacerdotisa líder desejar.
Ambos, mulheres e homens podem ser Iniciadores e as iniciações se dão entre pessoas do mesmo sexo bem como entre pessoas de sexos diferentes, após o período de Dedicação. Todo Iniciado é uma Sacerdotisa ou Sacerdote autônomos dos Deuses Antigos.
Não são usados termos como Alta-Sacerdotisa ou Alto-Sacerdote, os Iniciadores são chamados de "Elders" (anciões). Os Elderes são Iniciados com anos de experiência e prática, além da investidura formal da Tradição para dedicar e iniciar outras pessoas. Quando uma Elder lidera um Coven, ela passa a ser chamado Iniciadora.

Tradição Diânica Nemorensis
A Tradição Diânica Nemorensis é um caminho de Wicca genuinamente brasileiro, fundada por Claudiney Prietto após anos de vivênica e prática da Religião da Deusa no Brasil. O Dianismo inclui diversas vertentes do Paganismo e é caracterizado pela preponderância do culto à Deusa e enfoque do feminino acima do masculino nas muitas manifestações da vida: natureza, espiritualidade e humanidade.
Esta Tradição recebe o nome Nemorensis em honra à Diana e seus Sacerdotes chamados Rex Nemorensis. Um dos diferenciais da Tradição Diânica Nemorensis em relação aos outros caminhos Diânicos é o encorajamento e aceitação da iniciação pelas mãos de Sacerdotes de ambos os sexos, ao contrário das outras manifestações do Dianismo que concedem este direito exclusivamente às mulheres.
A Tradição Diânica Nemorensis é formada por Covens, Groves e Círculos mistos ou apenas de um sexo e seu Calendário Litúrgico baseia-se em 21 rituais anuais: 13 Esbats e 8 Sabbats. Nesta Tradição a Roda do Ano não reflete ciclo de nascimento, vida e morte do Deus Cornífero, mas os fluxos e refluxos da Deusa saindo e entrando de seu labirinto sagrado.
Uma das características marcantes da Tradição é o uso do canto e da dança como principal fonte geradora e canalizadora de poder durante os rituais. A maioria dos grupos pertencentes a Tradição Diânica Nemorensis estão centrados em São Paulo.
Obs. Vale ressaltar que a citada Tradição não tem ligação nenhuma de legado e linhagem com os Mistérios Sagrados do Culto de Diana no Lago Nemi, na região do Lácio, província de Roma, na fronteira com a Ariccia.

Fases da Lua



"A Lua é o Sol da noite"
A Lua sempre esteve ligada aos nossos sentimentos, a essa parte onírica que nos invade, sem que, sobre ela, tenhamos qualquer controle. As fases da Lua afetam toda vida existente no planeta, desde as marés dos oceanos até o crescimento das plantas.

A Lua Nova indica começo de um novo ciclo, o nascimento da Deusa, representado por Morgana a rainha das bruxas, é o tempo de fervilhar de novas idéias; tudo fica com o contorno de perpétuo começo, e podemos sentir que as idéias surgidas nesse período crescem à medida que a Lua vai crescendo no céu. É o mágico começo da jornada rumo ao nosso centro e uma intensa vontade de criar novos projetos. É sempre bom, nesse período, anotar num caderno o turbilhão de sentimentos que nos chegam com intensidade.
A Lua Crescente representa a face virgem da Deusa, representa Rhiannon, a Donzela. Ótima fase para levar a frente os projetos feitos na lua nova, é uma fase de crescimento, de correr atrás do que acredita e quer. É uma fase excelente para o crescimento em todos os sentidos.
A Lua Cheia representa a face Mãe da Deusa, representa Brigit, A Grande Mãe, é uma fase de energia muito forte, excelente para trabalhar intuição, para realização de feitiços, rituais de qualquer espécie. O poder da Deusa está totalizado nessa fase, é aquela que aceita ou rejeita os projetos iniciados na Lua Nova.
Seu papel é da escolha, pois nela se concentram todas as energias que possibilitam avaliar nossos desejos. Nesse período, sempre sonhamos com símbolos da fertilidade, é produtivo anotar os sonhos e meditar profundamente sobre eles. É um ótimo período para procurar aquele emprego tão desejado, para tentar vender seu trabalho, enfim é o tempo de selar nossas realizações.
A Lua Minguante representa a face Anciã da Deusa, representa Cerridwen, indica o ciclo completado, representa a sabedoria, é o tempo da desintegração de algumas idéias antigas; o movimento aqui é de introspecção e recolhimento. É também o período pré-menstrual em várias mulheres.
Nesse período estamos mais pacientes e nossos atos não são mais tão impulsivos. Não é uma fase para se fazer feitiços relacionados a começos, ou eles minguarão junto com a lua, é um período para se preparar para começar tudo de novo, porém com mais sabedoria.. É tempo de reflexão...

O que é, e como ser Wicca - Bruxa ou Bruxo



O que é, e como ser Wicca - Bruxa ou Bruxo
As Bruxas acreditam e aceitam a Lei Tríplice, que determina que um ato sempre tem a resposta em efeito bumerangue. O que se faz retorna 3 vezes para o emissor, portanto tratam de gerar bons pensamentos e fazer todas as coisas sempre para o bem de todos os envolvidos.

Em que acreditam as Bruxas? O que é ser Wicca?
· Respeito na mesma proporção não só a seres humanos, mas para a Terra, animais e plantas.
· Realização dos Ritos no interior de um Círculo Mágico, pois os Círculo é um espaço sagrado.
· Convicção na reencarnação.
· Observação da mudança das Estações do ano, com 8 Sabás Solares e entre 12 e 13 Esbás Lunares(21 ritos anuais).
· Crença nos aspectos femininos e masculinos do Divino.
· Repúdio ao proselitismo, pois pessoas só se tornam Bruxas por escolhas própria.
· Igualdade à mulheres e homens, pois ambos são complementares, apesar de sempre a mulher ser enfocada.
· Importância aos "3 Rs" : REDUZIR, REUTILIZAR , RECICLAR.
· O sentido de servidão à Terra.
· Respeito por todas as Religiões e liberdade religiosa.
· O Repúdio por qualquer forma de preconceito.
· Conscienciosidade em relação à cidadania.

Respostas para as diversas deturpações atribuídas a Bruxaria.
Bruxas não acreditam nem honram a Deidade conhecida como Satã, pois o demônio é uma crença da Igreja Católica e de outras correntes do Cristianismo.
Bruxas não sacrificam animais ou humanos.
Bruxas não renunciam formalmente o Deus Cristão, apenas acreditam em outros aspectos divinos.
Bruxas ou bruxos não odeiam os cristãos, a bíblia ou Jesus, nem são anti-cristãos, apenas não são cristãos.
Nos Sabás e Esbás não são utilizadas nenhuma droga ou são feitas orgias sexuais.
Bruxas não praticam necessariamente Magia Negra.
Bruxas não forçam ninguém à fazer algo que agrida seus princípios e crenças.
Bruxas não profanam Igrejas Cristãs, hóstias ou bíblias.

Como tornar-se um praticante da Religião Wicca?
Desde que os seres humanos estão neste planeta o espírito tem escolhido seres com um dom especial para trabalhar com a magia. Em verdade todos podemos estudar ciências mágicas ou místicas, mas só poderemos praticá-las depois de muito conhecimento, dedicação e treinamento. Costuma-se dizer que o aluno encontrará seu mestre quando seja a hora e momento, e eu sempre digo que não são alunos, mas filhos adotados com a alma.

A Iniciação
Para ser um iniciado em Wicca é necessário que se estude a filosofia pelo prazo mínimo de um ano e um dia. O ano segue o Calendário Lunar de 13 meses de 28 dias, mais um dia, no total 365 dias. Daí vem a expressão "Um Ano e um Dia", pois, quando é iniciada, a pessoa estuda durante esse período para, depois, confirmar seus votos. O Calendário de 13 Luas também era usado pelos Maias, e é o que se afina melhor com os Ciclos da Terra. Para um praticante de Bruxaria é muito importante se afinar com as fases da Lua.
Quando o adepto se achar pronto para ser um(a) bruxo(a) - aceitando todos os princípios da bruxaria - pode buscar dois métodos de começar nesta filosofia pagã: através de autoiniciação ou ser iniciado por um bruxo(a) experiente e capaz.