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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Espíritos da Natureza


Os povos celtas prestavam culto de devoção às árvores sagradas, às fontes, às pedras e acreditavam em fadas, duendes e seres sobrenaturais, conhecidos atualmente por nós como seres elementais ou espíritos da natureza. Vários textos nos chegam até os dias de hoje graças à tradição oral, dos quais se conservaram em forma de poesias ou cantigas, as lendas e os mitos deste povo.

Os elementais são seres sagrados, que respondem à alegria, o amor e a sinceridade dos nossos sentimentos mais puros. Uma vez que tenhamos feito uma conexão com estes seres, seja através de uma simples meditação ou por meio de alterações de consciência, estaremos interagindo em um mundo de manifestação superior da criação, intimamente ligado à criatividade, à cura e promovendo à construção de atmosferas mais sutis e harmoniosas.

Elementais são criaturas simples e, como os seres humanos, estão evoluindo rumo a níveis mais elevados da consciência cósmica, dentro de sua hierarquia no reino elemental. Os elementais estão intimamente ligados, cada qual com o seu elemento de origem e são encarregados pelo equilíbrio de vários segmentos da natureza, assim como de todas as atividades que ocorrem ao redor do planeta.

Os antigos sabiam disso, desde os supostos mitos relacionados aos atlantes, que já mencionavam a utilização dessa conexão da natureza, buscando auxílio nas formas elementais. Os elementais apenas imitam tudo aquilo que o homem emana através de suas vibrações. Estes seres são simples, de certa forma muito ingênuos e por vezes acabam sendo influenciados pelo próprio desequilíbrio do homem, atingindo negativamente a sua natureza amorosa e por conseguinte o meio ambiente.

Dentro da hierarquia cósmica existem os reinos: divino, elemental e humano, formando uma trilogia perfeita de ciclos dentro de outros ciclos, onde o mundo do pensamento pertence aos seres elementais, que auxiliam na concretização dos desejos e padrões mentais estabelecidos pelo homem.

O mundo do sentimento pertence à essência dos anjos ou guardiões, que irradiam sua pureza de sentimentos mais elevados da criação. E o mundo da ação ou da palavra falada, pertencente ao homem, que atua através da sua posição vibratoriamente, criando formas ou padrões mentais.

Mas como acreditar em algo que nem sempre pode ser comprovado cientificamente? Alguns elementos podemos ver, sentir, tocar, mas e os outros? Como explicar o ar que respiramos ou a inspiração que nos chega para a escrita ou para a arte em geral?

Comprovadamente existem três dimensões conhecidas como: comprimento, largura e espessura, assim como sabemos que toda matéria animada ou inanimada, possuem sua própria energia ou quatro formas de ação sendo elas: coesão ou força que une as partículas, adesão ou força que se opõe à separação de dois corpos diferentes, atração ou força que aproxima os corpos materiais e repulsa ou força que os repele.

Adentrando no campo místico existe uma quarta dimensão de natureza vibratória, que nos separa da realidade material a da realidade espiritual, sendo esta de uma percepção mais sutil, que vai além do tempo e do espaço. Podemos dizer que a nossa consciência pode se deslocar no tempo e ter acesso tanto ao passado como ao futuro, numa linha circular além do tempo presente.

Além disso, o homem possui uma consciência objetiva ligada aos cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato, assim como funções subjetivas ligadas: a memória, imaginação e ao raciocínio de um modo geral, assim como um sexto sentido ou uma percepção extra-sensorial chamada intuição.

Essa tal intuição é que nos conecta a consciência cósmica, da qual muitos de nós recebemos informações e mensagens das leis naturais, da inteligência divina e elemental. Como disse Leonardo da Vinci: "São fúteis e cheias de erros as ciências que não nasceram da experimentação, mãe de todo conhecimento". Que assim seja!
Magia Elemental
Sou a magia elemental contida neste corpo causal
Sou forma feminina condensada em partículas de pura emoção
Sou a essência mais antiga que o próprio pensamento
Sou inspiração, que chega de leve como a brisa do verão
Sou o ar que alimenta o fogo animal da mais louca paixão
Sou rainha de mim mesma, muito além das brumas do tempo
Sou o brilho dos olhos refletido no êxtase deste olhar
Sou chuva que refresca a terra árida e sem esperança
Sou o pensamento dos sentimentos sem razão
Sou energia que ascende além da forma
Sou o vapor d'água cristalina, carregada pelas nuvens do céu
Sou tudo e não sou nada, pois me achei neste exato momento!

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