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sábado, 13 de agosto de 2011

A Deusa Tríplice

A Deusa Tríplice




                             9133-10.gif image by lunadehaya_album

  As tradições pagãs têm como base e fio condutor a natureza e suas forças. Os que seguem a tradição de Deusa sabem que ela é a responsável por tudo o que existe.
  A Grande Mãe representa a energia universal geradora, o útero de toda a criação. É associada aos mistérios da lua, da intuição, da noite, da escuridão. Também é associada ao inconsciente, ao lado escuro da mente que deva ser desvendada.
  A Deusa não governa o mundo de um lugar distante e transcendental. Ela é o mundo, ela é tudo que existe, existiu e existirá.
  As forças de criação, manutenção e destruição fazem parte de ciclo da vida e da natureza. A Grande Deusa é então a criadora, nutridora e destruidora, é a Deusa Tríplice, pois ela contém o ciclo contínuo da vida, morte e renascimento.
  A lua sempre nos mostra sempre uma fase nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da vida eterna. A lua por ser uma grande representação das energias femininas e da Deusa, simboliza as três faces.
  A mulher é a máxima representante da Deusa por carregar a força do sagrado feminino com suas habilidades de gerar, criar e nutrir, se afina naturalmente com a energia da Deusa Tríplice. Não por acaso que em épocas em que era íntima do sagrado feminino e mantinha uma conexão direta com as energias, a mulher sintoniza seu ciclo menstrual com as fases da lua, geralmente ovulando na Cheia e menstruando da Minguante para a Nova.
  A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação da mulher, e é também a contraparte feminina presentes em todos os homens.
  É a fonte da fertilidade, da sabedoria infinita e dos cuidados amorosos. Segundo a Wicca, ela possue os três aspectos: donzela, mãe e a anciã, que simboliza respectivamente as luas Crescente, Cheia e Minguante.
  A donzela simboliza os novos começos, a juventude, a esperança, as sementes, o crescimento, a vitalidade, o lúdico. Aparece enaltecendo beleza, feminilidade e sexualidade. Muitas vezes é denominada de virgem, mas não por abstinência sexual, mas por não pertencer a ninguém, em ser livre e completa de si própria.
  A mãe aquela que nutri, protege e ama incondicionalmente, ela é fértil e própera. Sua sexualidade é exuberante e também a sua beleza. Ela é plena de sua potência e força vital. Muitas vezes representa grávida, ou como seu filho nos braços representando o Deus que nasce do seu ventre.
  A Deusa anciã é a parteira, a mulher sábia, pois é a rainha da sabedoria e conhece o oculto e a magia. É a rainha dos mistérios e também é a deusa da cura. Ela rege os finais, o desemprego, o conhecimento, as transformações. Ela ajuda as mulheres darem à luz em abundância. Mas uma vezque a vida é um presente seu, ela empresta com a promessa a morte. Esta não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física.
  Uma vez que a Deusa é a natureza, toda a natureza é tanto atentadora como a velha: a praia paradisiaca e o tsunamy, o tornado e a chuva fresca de primavera, o berço e o túmulo. Porém apesar de ela ser feita de ambas as naturezas, a wicca a reverencia como a doadora da fertilidade, do amor e da abundância, se bem que o seu lado obscuro (o lado que a Grande Mãe cobra mais de seus filhos, representando a lua nova, a lua obscura) também é reconhecido. Lembrando que a morte contém a vida (e vice-versa), assim como a lua mingua desaparecendo no céu, ressurgindo nova para iniciar um ciclo, a vida que se reinicia num ciclo contínuo de vida-morte-vida.

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